
Pergunto-me a mim mesma o que doí mais em relação a ti e por vezes, tenho respostas tão profundas e sinceras que o gosto de te saborear outra vez desaparece com uma rajada de força e determinação.
Eu contigo tive certezas de um amparo de quedas sem barreiras. Eu contigo tive certezas de que o Mundo era bem melhor. E sabes qual é o problema das certezas? É o problema de tudo… Nós demoramos a construir mas para destruir? 1 hora da nossa vida e a tarefa está concluida e tu por uns belos tempos em segredo, destruíste-me. Mas esqueceste-te que ao mesmo tempo me ensinaste a ser ainda mais forte.
Porque é que te considero a pessoa que mais me desiludi-o? Porque de todas as que me rodeiam, tu eras a mais importante. Eras a defesa em tudo e essa defesa era pura e simplesmente da tua parte construída por palha enquanto que a minha foi construída com tijolos e acimentada por cima. São coisas diferentes.
Ainda me alimento de ti. Ainda penso em ti. Ás vezes, ainda bate forte a saudade de ti. Todos os dias, me lembro de ti. Deixas-te um recuo no que eu sou que não calculas. Eu sei que não tens noção que ainda me magoas mas queres saber? As pessoas mais importantes da nossa vida são as que mais nos desiludem e as que mais deixam. E tu deixaste. Deixaste a parte verdadeira de quem tu eras comigo. Deixaste um vazio, um espaço que tanta gente quer preencher e não consegue. Deixas-te e eu peço que voltes e que o leves, de vez… Eu tenho tantas coisas a consumir-me não preciso de mais uma.
Verdades? Eu precisei de ti, eu preciso de ti, e tu foste-te embora. Eu silenciei-me mas tu conheces o meu olhar… Sim, é aquele que te pede apoio. Aquele que tu me mandavas em segredo nas nossas escapelas de trocas de essência e eu correspondia. Mas tu? Nunca o fizeste. Eu ignoro-te, tu ignoras-me e é assim a vida que eu levo sobre ti. Eu afastei-te, eu eliminei-te de todos os cantos da minha vida porque a tua presença em ausência, mata-me. Eu prefiro não olhar para uma fotografia tua, esquecer que tenho o teu contacto no meu telemóvel e pura e simplesmente cagar para o facto de tu me mandares uma sms de longe á longe. É, existe muita coisa por escrever. Se calhar, nem é escrever, é falar. Cara a cara. Olhos nos olhos.
Um desejo? Que me digas com determinação: Eu não sinto a tua falta. Quando este momento chegar, sou eu que te garanto que nunca mas nunca mais marcas presença. Eu fecho as portas e as janelas e sigo. Mas até lá? Como muita gente me diz: Quando ele cair, tu serás a primeira a segura-lo. E serei. Se quiseres, eu serei. Com orgulho por tudo o que eu partilhei contigo.
Despedida? Lamento, mas terá que ser. Se sentires saudades, tens o meu número, marcas encontro no nosso parque, e choras no meu ombro.
Um ombro que não vai engolir o orgulho nem entregar-te sentimentos de bandeja. Já foste o meu grande amor. E agora? Nem sei. É isso mesmo… Eu não sei.